quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Maringá tem saldo de 576 empregos em setembro


Construção civil, que registrou saldo negativo em setembro, aposta em estabilidade no último trimestre do ano

O saldo líquido de empregos formais em Maringá, em setembro, caiu 35% em relação a agosto, quando o município registrou o melhor resultado desde o início da crise financeira mundial. Dados divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, apontam a geração de 576 empregos no mês passado, contra 886 em agosto.

Na comparação com setembro de 2008, a queda no estoque de empregos foi maior: 51%. Apesar das quedas, setembro contabilizou o terceiro maior saldo de empregos formais do ano, perdendo somente para maio e agosto. O Caged registrou, em setembro, 6.395 contratações e 5.819 desligamentos.

O setor de serviços, que engloba as áreas de educação e saúde, por exemplo, foi o que mais contratou em Maringá no período, com a geração de 263 postos de trabalho com carteira assinada. O comércio teve saldo positivo de 253 contratações. Já a construção civil teve saldo negativo de 52 postos de trabalho. Pela primeira vez no ano, o setor mais demitiu do que contratou. Foram 804 admissões e 856 desligamentos.

O Paraná gerou 13.740 empregos formais em setembro e teve o nono desempenho positivo do ano. Com isso, chega a 75.610 o total de novos postos de trabalho abertos desde janeiro de 2009

Sazonalidade
O economista Neio Lúcio Peres Gualda, doutor em economia e professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), afirma que a queda na criação de postos de trabalho, principalmente no setor de construção civil, é reflexo de um momento conjuntural. “A área cresceu muito este ano, obras terminaram, contratos foram encerrados e trabalhadores dispensados”, justifica. “Logo, virão novas obras e mais contratações.”

O diretor de economia e estatística do Sindicato da Indústria da Construção Civil da Região Noroeste do Paraná (Sinduscon-PR), Cláudio Alcalde, não esperava saldo negativo para o setor, embora não estivesse aguardando “crescimento substancial”.

Ele comenta que o mercado de trabalho da construção civil tende a apresentar retração no final do ano. “O potencial comprador tem outras prioridades nessa época, como o planejamento das férias.”Os 52 postos de trabalho a menos na área da construção, segundo Alcalde, não são tão significativos em comparação ao contingente de 8 mil trabalhadores do setor no município. “Acredito que essa queda tenha sido sazonal.”

A expectativa do sindicato é de estabilidade entre contratações e demissões no último trimestre do ano. “O número de admissões poderia ter sido maior se os projetos do programa Minha Casa, Minha Vida tivessem saído do papel”, acredita.

Gualda aposta que a projeção da abertura de 5 mil empregos até o final do ano em Maringá será ultrapassada “com facilidade”. Nos primeiros nove meses deste ano, Maringá acumula saldo positivo de 4.757 empregos. No mesmo período no ano passado, o Caged registrou geração líquida positiva de 9.825 postos de trabalho.

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